Fui a Pontevedra a um médico espanhol que me disse que estava bem medicada e não valia a pena andar de lado para lado. Mais tarde e como o pai era muito influenciado por certo tipo de curandeiras, então frequentei algumas sem resultados. A seguir recorri a centros espíritas e o resultado foi igual. Tive bastantes problemas com o marido, até que um dia disse chega. Voltando à escola, tive que a tirar da Secundaria e pô-la no Colégio Adventista, no qual teve sempre boas notas, até ao 9º ano e sempre foi muito bem tratada mesmo pelas coleguinhas. No 10º ano foi para uma Escola Profissional para a área de turismo, continuando com boas notas, e sempre acompanhada pelo médico e psicólogo.
Como é muito carente depressa se apaixona por rapazes, até que um dia viu o rapaz que gostava com outra colega e nessa altura ficou bastante perturbada. Um dia saí de casa para trabalhar de noite, pois trabalhava por turnos e nesse dia era o turno da noite, e após eu sair ela também saiu sem que alguém de casa se apercebesse. Andou toda a noite na rua perto da escola (disse ela a fazer serenatas) e foi parar á esquadra. Mais tarde vim a saber que eles foram grossos com ela e apesar de ter pedido para a levarem a casa, já que ficava bastante longe, eles não o fizeram.
O pai disse que ela chegou ás 7 h da manhã. Após chegar a casa vestiu roupa pouco própria e foi à escola. Chegou à escola bastante perturbada, tive que ir buscá-la pois chegou até a agredir os professores. A partir dessa altura a situação complicou-se, teve uma crise de epilepsia grave foi internada no Hospital de Santo António para acerto da medicação.
Foi na altura também diagnosticada uma psicose grave. Chegou a fazer o 12º ano sempre com notas razoáveis. Quando já no final desse ano teve de fazer um trabalho de fim de curso deixou de dormir. Muitas vezes tive de cortar a luz no contador para a obrigar a deitar-se já que eu acordava e ela estava com a luz do quarto acesa. Nessa altura teve de ser internada no Magalhães Lemos para tratar o esgotamento com que ficou.Apenas em 2005 e na sequência da irmã ter feito a amniocentese no Instituto de Genética, a Fernanda foi a uma consulta de Genética onde lhe foi feita uma colheita de sangue para ser feito um estudo mais específico para a doença. Esse sangue foi enviado para um laboratório na Holanda.
Após quase 3 anos chegou a resposta que confirma que a Fernanda é portadora da Esclerose Tuberosa.
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